CENSURAR TORCEDOR, A GRANDE E TRISTE PIADA
Leio espantado no O Globo de hoje que torcedores que protestam no estádio arrendado pelo Flamengo na Ilha, são alvos de outros torcedores "patrulheiros" que não admitem nem mesmo vaias. Surrealismo puro, verdadeiras cenas de ficção. Me lembrei de 1974, quando meu pai Helio Mauricio, então presidente, foi abordado (eu estava com ele) por oito torcedores na porta da sede da Gávea, exaltados protestando contra duas derrotas seguidas do time. Calmo e educado como sempre, Helio Mauricio convidou-os a tomar um café num boteco ali perto.
Escutou pacientemente as reclamações dos caras e até deu razão em algumas delas. Os caras, felizes por terem sido ouvidos abraçaram meu pai e foram embora. Neste ano o Flamengo acabou sendo campeão no Rio. Depois do jogo final, um monte de torcedores eufóricos invadiu a nossa casa no alto da rua Sacopã e as comemorações foram até a manhã do dia seguinte. Não sumiu nem mesmo um cinzeiro da casa. No dia seguinte, os oito torcedores, gente humilde, voltaram à noite lá em casa e trouxeram um pequeno leitão de presente para o Helio Mauricio. É assim o torcedor do Mais Querido.
Não se pode tentar tolher a paixão que trazemos dentro do peito.
Por Maurício Rodrigues
Conselheiro do Flamengo
Leio espantado no O Globo de hoje que torcedores que protestam no estádio arrendado pelo Flamengo na Ilha, são alvos de outros torcedores "patrulheiros" que não admitem nem mesmo vaias. Surrealismo puro, verdadeiras cenas de ficção. Me lembrei de 1974, quando meu pai Helio Mauricio, então presidente, foi abordado (eu estava com ele) por oito torcedores na porta da sede da Gávea, exaltados protestando contra duas derrotas seguidas do time. Calmo e educado como sempre, Helio Mauricio convidou-os a tomar um café num boteco ali perto.
Escutou pacientemente as reclamações dos caras e até deu razão em algumas delas. Os caras, felizes por terem sido ouvidos abraçaram meu pai e foram embora. Neste ano o Flamengo acabou sendo campeão no Rio. Depois do jogo final, um monte de torcedores eufóricos invadiu a nossa casa no alto da rua Sacopã e as comemorações foram até a manhã do dia seguinte. Não sumiu nem mesmo um cinzeiro da casa. No dia seguinte, os oito torcedores, gente humilde, voltaram à noite lá em casa e trouxeram um pequeno leitão de presente para o Helio Mauricio. É assim o torcedor do Mais Querido.
Não se pode tentar tolher a paixão que trazemos dentro do peito.
Por Maurício Rodrigues
Conselheiro do Flamengo
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